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Arquivo para agosto, 2010

WorkCare na EXPOAGAS 2010

Foi com grande satisfação que em parceria com a AGAS, estivemos presentes na EXPOAGAS 2010, realizada no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre, entre dos dias 24 e 26 de agosto.

No dia 24 realizamos sessões de Shiatsu Expresso para as participantes da palestra de Leila Ferreira, evento organizados pela AGAS Mulher. Em seguida, nos dirigmos ao Espaço AGAS, onde permanecemos até o final da feira, proporcionado o alívio de tensões e stress aos paticipantes da EXPOAGAS 2010.

Por lá estiveram expositores, supermercadistas, fornecedores, imprensa e vários segmentos ligados ao setor.

Proporcionar qualidade de vida e bem estar é para nós um grande prazer.

Lusiani Borba.

Traumas, má postura e estresse podem causar dor na cervical, um dos desconfortos mais comuns

Saiba como é feito o diagnóstico e conheça os tratamentos.

Se no tempo das cavernas a dor era relacionada ao mal, à magia e aos demônios, hoje ela representa um importante sinal de alerta, indica que algo não está bem no organismo, mostra que alguns limites não podem ser transgredidos e que está na hora de procurar um médico. A psicóloga e terapeuta corporal Wânia Alvarenga, 51 anos, sente dor desde a infância e é vítima de um dos desconfortos mais comuns em adultos e idosos: a cervicalgia.

– Acredito que essa sensação desagradável começou no momento em que vim ao mundo, por meio de um parto a fórceps. Contam que chorei 24 horas seguidas até os médicos perceberem que minha clavícula estava quebrada. Obviamente não me recordo disso, mas lembro de dor na coluna cervical quando era menina e adolescente. De lá para cá, busco diariamente o alívio para ela – relata.

A dor na coluna cervical pode ser causada por diversos fatores. O ortopedista Denys Aragão explica que aproximadamente 55% da população já experimentaram ou vão sentir o desconforto ao longo da vida. Desse total, 12% das mulheres e 9% dos homens acabam desenvolvendo a dor crônica – aquela que persiste por mais de três meses. O incômodo pode ser decorrente de traumas, má postura, sobrecarga dos membros superiores, obesidade, fraqueza da musculatura abdominal, estresse e tensões emocionais. O envelhecimento também é um fator de risco para a cervical.

– O desgaste das cartilagens desencadeia a dor e provoca alterações neurológicas (falta de sensibilidade e diminuição da motricidade), o que pode ocorrer também com vítimas do estreitamento do canal vertebral e portadores de doenças degenerativas – explica Aragão.

O desconforto nessa porção da coluna se instala aos poucos. Geralmente, os pacientes apresentam diminuição da amplitude de movimento do pescoço, postura antiálgica ou de defesa e rigidez muscular.

Ao contrário de Wânia, a cervicalgia na servidora pública Lisa Thaís Martins, 37 anos, é recente, veio depois de um acidente de trânsito que ocorreu há um ano.

– Senti todo o impacto no pescoço. A cervical começou a doer antes mesmo de eu sair do carro. Era uma dor que não aliviava em nenhuma posição, o pescoço ficava tenso, e o problema se agravava ao longo do dia, pois trabalho sentada e fico muitas horas no computador – conta.

A fisioterapia dispõe de várias ferramentas para tratar a cervical. Eletrocromoterapia, uso de raios infravermelhos e laser, hidroterapia, alongamento, fortalecimento muscular e massoterapia são algumas. A fisioterapeuta Andréia Ribeiro Izidro lembra que cada caso tem suas peculiaridades e o paciente deve passar por uma avaliação detalhada para que o profissional entenda o que está gerando a dor.

– As opções podem ser usadas isoladamente ou associadas umas às outras. A RPG, por exemplo, é uma técnica que corrige lesões e deformações do corpo, além de ensinar a pessoa a se posicionar de forma correta, curando as lesões, evitando novos problemas, proporcionando equilíbrio – pontua.

A reeducação postural, aliada aos exercícios físicos, foi um alento para a dor de Lisa.

– Faço constante acompanhamento com o ortopedista para avaliar como está a cervical. Acredito que se eu não fosse sedentária na época do acidente, não teria sofrido tanto. Atualmente, não preciso mais de medicamentos porque aprendi a posicionar e a movimentar meu corpo – garante.

Diagnóstico

> A história do paciente dá as primeiras pistas. Hábitos de vida, como o tabagismo e o sedentarismo, são suficientes para atingir a cervical em cheio.
> Sobrecarga de peso, seja no trabalho ou na malhação mal indicada e orientada, também causa desconforto e pode até deixar a pessoa de cama.
> Exames específicos como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas são usados para confirmar o problema e auxiliar especialistas na avaliação e na indicação do tratamento.

Tratamento

> Pode incluir repouso, imobilização, medicamentos, terapias passivas com calor ou gelo e exercícios de reabilitação feitos por fisioterapeutas.
> Segundo o ortopedista Denys Aragão, a acupuntura tem sido grande aliada no combate à dor, e os tratamentos conservadores são sempre a primeira opção. Recorre- se a cirurgias somente se as medidas não invasivas fracassarem. Apenas 5% dos pacientes necessitam delas.

Fonte: Vida

 

CONSIDERAÇÕES:

A má postura têm sido a grande vilã no surgimento de problemas musculoesqueléticos, principalmente relacionadas à coluna vertebral. As regiões mais afetadas são lombar e cervical, onde comumente surgem desconfortos, dores e disfunções. Há que se considerar que o problema é bem mais complexo do que possa parecer, tendo em vista que não basta eliminar a dor, sem se importar com o que a causou. E de onde ela virá? do trabalho? dos estudos? do lazer? do sono? de todos juntos? Ora, cada caso tem suas peculiaridades e cada pessoa deve ser avaliada e tratada levando em consideração não apenas a sua sintomatologia, como também sua rotina diária, suas atividade laborais, domésticas, seu descanso, enfim, toda a sua rotina. Para então eliminar a fonte do problema, tornando o tratamento realmente efetivo.

Por isso, realizamos um trabalho mais complexo, resolvendo a disfunção, mas identificando e corrigindo a causa.

Lusiani Ferreira de Borba, Fisioterapeuta

Síndrome de burnout afeta um número cada vez maior de profissionais

Você se irrita ao extremo no trabalho e está com a sensação de esgotamento físico e mental? Apresenta falta de concentração e falhas de memória? Fique atento, pois você pode ser mais uma vítima da Síndrome de Burnout, que vem atingindo um número cada vez maior de brasileiros.

De acordo com o psiquiatra e médico do trabalho Duílio Antero de Camargo, presidente da Comissão Técnica de Saúde Mental e Trabalho da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), o transtorno está vinculado a uma exposição contínua a fatores de estresse crônicos no ambiente profissional e costuma causar inúmeros prejuízos ao trabalhador.

A síndrome, classicamente, resulta em três problemas principais: a exaustão emocional, caracterizada por fadiga, fraqueza, falta de esperança, impaciência, irritabilidade e dificuldade em lidar com as situações estressantes; a diminuição da realização pessoal, caracterizada, por exemplo, pela baixa satisfação com as atividades do trabalho e pela perda da competência; e a despersonalização, ou seja, o distanciamento afetivo e a insensibilidade em relação às demais pessoas. Camargo ressalta que, embora a pessoa afetada possa apresentar alguns sintomas de depressão, a síndrome não se caracteriza como um transtorno depressivo, segundo diversos autores.

– Por ser muito limitante, a síndrome acaba gerando altos índices de absenteísmo (faltas) e incapacidade ocupacional, além de fazer com que a pessoa tenha grandes dificuldades de manter os relacionamentos pessoais – acrescenta o representante da ANAMT.

Uma característica marcante dos trabalhadores que desenvolvem a Síndrome de Burnout é a dedicação exagerada ao trabalho, afirma o médico Clóvis Cechinel, responsável pelo setor de medicina do trabalho da DASA, prestadora de serviços de medicina diagnóstica. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é uma fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a autoestima pelo sucesso profissional.

– O que tem início com satisfação e prazer termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, o profissional apresenta necessidade de se afirmar e o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão – diz Cechinel.

Vítima da síndrome, a economista Isabela, de 28 anos, que trabalha numa empresa privada de planos de saúde, decidiu procurar ajuda quando seu nível de estresse foi às alturas e ela não conseguia mais se concentrar:

– Eu andava muito irritada, sem paciência, e intolerante com todos os meus colegas de trabalho. Achava que a minha palavra tinha que ser a última, pois não conseguia ouvir ninguém falar. Isso também refletia na minha vida pessoal e eu já não conseguia me relacionar com as pessoas no dia a dia.

Com o tratamento a que se submeteu, Isabela começou a dominar melhor seus impulsos e a perceber que existiam outras pessoas ao seu redor:

– Vi que precisava me controlar para não tratar mal os outros. Passei a reconhecer minhas fraquezas e aprendi a parar, respirar, pensar e meditar para não tomar nenhuma decisão precipitada.

A psicóloga Fátima Bittencourt, diretora do Grupo Sanare, esclarece, por sua vez, que o Burnoutnão acontece do dia para a noite: é um estado de esgotamento emocional e físico causado pelo estresse excessivo e prolongado. A doença afeta especialmente aqueles profissionais obrigados a manter contato intenso e solidário com a causa alheia, como é o caso dos médicos, enfermeiros, psicólogos, professores e policiais. Recentemente, foram detectados muitos casos entre os funcionários das companhias aéreas, por conta dos grandes níveis de estresse no setor nos últimos anos.

– É muito comum confundir o transtorno com o estresse por conta de sintomas parecidos, como dores de cabeça, insônia, gastrite, lapsos de memória, falta de atenção, diarréia, alterações menstruais e de humor. No entanto, é preciso deixar claro que a síndrome está diretamente ligada à tentativa de adaptação a uma situação claramente desconfortável no trabalho – esclarece Fátima.

Pesquisa realizada pela International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR), com mil profissionais de São Paulo e Porto Alegre, com idades entre 25 a 60 anos, revela que no Brasil o problema atinge 30% da população economicamente ativa (PEA). Os dados mostram ainda que, dos 30% dos entrevistados que sofrem de burnout, 94% se sentem incapacitados para trabalhar; 89% praticam presenteísmo – significa que estão presentes no trabalho, mas não conseguem realizar as tarefas propostas -, e 47% sofrem de depressão.

O estudo fez ainda um comparativo do desempenho profissional de um portador de burnout com o dos demais trabalhadores: em média, é de cinco horas a menos. Entre os sintomas do burnout que mais incomodam, 93% alegam a exaustão; 86%, a irritabilidade; 82% a falta de concentração e 74% enfatizam a dificuldade de relacionamento no ambiente profissional.

Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria

Depressão poderá passar da 4ª para 2ª causa de afastamento do trabalho

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, até 2020, a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. Estima-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão (17 milhões delas no Brasil). Além disso, 75% nunca receberam tratamento adequado.

A Federação Mundial para Saúde Mental entrevistou adultos diagnosticados com a doença, clínicos gerais e psiquiatras de cinco países, entre eles, o Brasil — os outros foram Canadá, México, Alemanha e França.

Os dados revelam que 64% das pessoas deprimidas já tinham se afastado do trabalho por mais de 19 dias no ano. Além disso, 80% admitiram que, mesmo sem o afastamento, a produtividade cai até 26%.

Segundo o chefe da Agência do INSS de Ivaiporã, Leandro Relings da Silva, é comum atender segurados com patologias de depressão.

Quando constatada a incapacidade laboral do segurado, ele tem direito ao auxílio-doença, após análise da perícia médica, que poderá ou não prorrogar o benefício.

“Dependendo da situação apurada pela perícia médica, o período pode ser maior ou menor.

E, verificando-se que a patologia acarreta incapacidade permanente, e observados os critérios médicos, é possível a aposentadoria por invalidez”, esclarece Leandro Silva, acrescentando que “verificada a possibilidade de reabilitação profissional, o segurado é encaminhado ao Programa de Reabilitação Profissional, cujo atendimento é conduzido por perito médico e pela assistente social, responsável pela avaliação e orientação profissional”.

A doença do século

A psicóloga do Instituto de Saúde Bom Jesus (ISBJ), Natali Frazão Pereira Proença, afirma que “a depressão é considerada a doença do século e não escolhe classe social, ou seja, qualquer pessoa está suscetível a desenvolver uma depressão”.

Segundo a psicóloga, quando a tristeza se aprofunda, gera angústia. Mas, para caracterizar uma depressão, é preciso ter cuidado, “porque é necessário avaliar o humor da pessoa, se ela tem crise de choro, falta de prazer nas atividades habituais, e se há sintomas associados, como, por exemplo, cansaço, hipersonia ou perda do sono”.

Entre os transtornos mentais que Natali Proença atende no ISBJ há mais casos de depressão, principalmente em mulheres com idade entre 20 e 30 anos, e em idosos.

A psicóloga conta que as mulheres se queixam dos relacionamentos, em que não há atenção e valorização em casa. “Conciliar a tripla jornada de trabalho – casa, marido e trabalho –, às vezes, é difícil para a mulher”, reconhece Natali Proença, lembrando que a depressão exógena, causada por situações externas, tais como a perda de uma pessoa ou rompimento de relacionamento, é uma das mais comuns.

Ela defende que a prática de exercícios físicos é importante, “porque ajuda a liberar hormônios relacionados ao humor, e outras atividades que proporcionam prazer”.

Uso de antidepressivos

Eliane Lumi Hashimoto, psicóloga do Posto de Saúde de Ivaiporã, alerta que um quadro depressivo pode levar uma pessoa a se afastar do trabalho. Por isso, no dia 1º de maio de 2009, quando foi celebrado o Dia do Trabalhador, houve uma ação denominada Saúde Mental do Trabalhador: stress e depressão. O intuito foi discutir a importância do auto-cuidado em saúde mental.

“Há um estudo que comprava a prevalência de doenças mentais na população e, inclusive, 20% terá algum transtorno mental. O índice de depressão está incluso nesses 20%”, comenta.

A psicóloga explica que é difícil definir a diferença entre tristeza, angústia e depressão. “Às vezes, uma pessoa está de luto, não tem emprego ou enfrenta problemas em casa e acaba por confundir a tristeza ou a angústia com a depressão”.

Eliane Hashimoto atende vários tipos de transtornos mentais, como, por exemplo, depressão, síndrome do pânico, angústia e tristeza, que, segundo ela, podem ser comorbidade de determinada doença. “Ou seja, quem tem síndrome do pânico ou câncer pode desenvolver a depressão”.

No município de Ivaiporã, há muitos casos tratados com antidepressivos. Mas não há registro do número de pessoas que são atendidas por causa da depressão.

Segundo a psicóloga, no ano passado, começou a ser feito um levantamento sobre situações de risco em saúde mental, “porque havia casos que não estavam sendo acompanhados e pessoas que usavam, há 20 anos, antidepressivos e ansiolíticos”. Eliane Hashimoto explica o seguinte: “O objetivo é trazer o paciente e acompanhá-lo, por isso, estamos chamando a população que faz uso de psicotrópico para ser co-responsável pelo próprio tratamento.

Para isso, estamos promovendo um processo de conscientização, para que cada um entenda o próprio processo saúde-doença mental”.

Ela defende que “é importante pensar num tratamento integral com visão bio-psico-social, uma vez que a depressão envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais”.

A farmacêutica responsável pela farmácia do Posto de Saúde de Ivaiporã, Lilian Katiani Shimabuku Silvestre, conta que o município conta com o médico Paulo Tassinari, que atende especificamente transtornos mentais, tentando racionalizar o uso de medicamentos psicotrópicos.

“Muitas pessoas tomam medicamentos por tomar ou como forma de fuga”, disse a farmacêutica, alertando que somente o médico pode retirar a medicação ou iniciar um tratamento medicamentoso no paciente, e sempre que necessário é encaminhado para acompanhamento psicológico.

No Posto de Saúde, o número de receitas continua praticamente o mesmo se comparado há um ano.

Ou seja, entre 18 a 22% dos atendimentos na farmácia é de medicamento controlado. “Nesse caso, a doença psíquica atinge aproximadamente 20% da população”, comenta a farmacêutica.

Segundo dados fornecidos por ela, entre novembro de 2009 e fevereiro de 2010, foi atendido o seguinte número de receitas:

Novembro/2009: 6.204 receitas (1.170 medicamentos psicotrópicos);

Dezembro/2009: 6.412 receitas (1.249 medicamentos psicotrópicos);

Janeiro/2010: 5.557 receitas (1.027 medicamentos psicotrópicos);

Fevereiro/2010: 5.350 (994 medicamentos psicotrópicos).

Lilian Silvestre afirma que as doenças psíquicas atingem cada vez mais adultos jovens em idade produtiva. “Atualmente, o mundo cobra das pessoas, por exemplo, sucesso profissional e bons salários.

Mas nem sempre as pessoas conseguem sucesso, tanto no âmbito profissional, quanto pessoal, o que acaba por provocar um quadro depressivo”.

“Cada pessoa deve ficar atenta para identificar a causa da depressão, porque muitas pessoas fogem do problema tomando um antidepressivo como se resolvesse um luto ou uma separação conjugal”.

Às vezes, a pessoa vê no antidepressivo a saída para o sofrimento, enquanto em alguns casos o medicamento é extremamente necessário”, diferencia a farmacêutica.

Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria