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Saiba como é feito o diagnóstico e conheça os tratamentos.

Se no tempo das cavernas a dor era relacionada ao mal, à magia e aos demônios, hoje ela representa um importante sinal de alerta, indica que algo não está bem no organismo, mostra que alguns limites não podem ser transgredidos e que está na hora de procurar um médico. A psicóloga e terapeuta corporal Wânia Alvarenga, 51 anos, sente dor desde a infância e é vítima de um dos desconfortos mais comuns em adultos e idosos: a cervicalgia.

– Acredito que essa sensação desagradável começou no momento em que vim ao mundo, por meio de um parto a fórceps. Contam que chorei 24 horas seguidas até os médicos perceberem que minha clavícula estava quebrada. Obviamente não me recordo disso, mas lembro de dor na coluna cervical quando era menina e adolescente. De lá para cá, busco diariamente o alívio para ela – relata.

A dor na coluna cervical pode ser causada por diversos fatores. O ortopedista Denys Aragão explica que aproximadamente 55% da população já experimentaram ou vão sentir o desconforto ao longo da vida. Desse total, 12% das mulheres e 9% dos homens acabam desenvolvendo a dor crônica – aquela que persiste por mais de três meses. O incômodo pode ser decorrente de traumas, má postura, sobrecarga dos membros superiores, obesidade, fraqueza da musculatura abdominal, estresse e tensões emocionais. O envelhecimento também é um fator de risco para a cervical.

– O desgaste das cartilagens desencadeia a dor e provoca alterações neurológicas (falta de sensibilidade e diminuição da motricidade), o que pode ocorrer também com vítimas do estreitamento do canal vertebral e portadores de doenças degenerativas – explica Aragão.

O desconforto nessa porção da coluna se instala aos poucos. Geralmente, os pacientes apresentam diminuição da amplitude de movimento do pescoço, postura antiálgica ou de defesa e rigidez muscular.

Ao contrário de Wânia, a cervicalgia na servidora pública Lisa Thaís Martins, 37 anos, é recente, veio depois de um acidente de trânsito que ocorreu há um ano.

– Senti todo o impacto no pescoço. A cervical começou a doer antes mesmo de eu sair do carro. Era uma dor que não aliviava em nenhuma posição, o pescoço ficava tenso, e o problema se agravava ao longo do dia, pois trabalho sentada e fico muitas horas no computador – conta.

A fisioterapia dispõe de várias ferramentas para tratar a cervical. Eletrocromoterapia, uso de raios infravermelhos e laser, hidroterapia, alongamento, fortalecimento muscular e massoterapia são algumas. A fisioterapeuta Andréia Ribeiro Izidro lembra que cada caso tem suas peculiaridades e o paciente deve passar por uma avaliação detalhada para que o profissional entenda o que está gerando a dor.

– As opções podem ser usadas isoladamente ou associadas umas às outras. A RPG, por exemplo, é uma técnica que corrige lesões e deformações do corpo, além de ensinar a pessoa a se posicionar de forma correta, curando as lesões, evitando novos problemas, proporcionando equilíbrio – pontua.

A reeducação postural, aliada aos exercícios físicos, foi um alento para a dor de Lisa.

– Faço constante acompanhamento com o ortopedista para avaliar como está a cervical. Acredito que se eu não fosse sedentária na época do acidente, não teria sofrido tanto. Atualmente, não preciso mais de medicamentos porque aprendi a posicionar e a movimentar meu corpo – garante.

Diagnóstico

> A história do paciente dá as primeiras pistas. Hábitos de vida, como o tabagismo e o sedentarismo, são suficientes para atingir a cervical em cheio.
> Sobrecarga de peso, seja no trabalho ou na malhação mal indicada e orientada, também causa desconforto e pode até deixar a pessoa de cama.
> Exames específicos como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas são usados para confirmar o problema e auxiliar especialistas na avaliação e na indicação do tratamento.

Tratamento

> Pode incluir repouso, imobilização, medicamentos, terapias passivas com calor ou gelo e exercícios de reabilitação feitos por fisioterapeutas.
> Segundo o ortopedista Denys Aragão, a acupuntura tem sido grande aliada no combate à dor, e os tratamentos conservadores são sempre a primeira opção. Recorre- se a cirurgias somente se as medidas não invasivas fracassarem. Apenas 5% dos pacientes necessitam delas.

Fonte: Vida

 

CONSIDERAÇÕES:

A má postura têm sido a grande vilã no surgimento de problemas musculoesqueléticos, principalmente relacionadas à coluna vertebral. As regiões mais afetadas são lombar e cervical, onde comumente surgem desconfortos, dores e disfunções. Há que se considerar que o problema é bem mais complexo do que possa parecer, tendo em vista que não basta eliminar a dor, sem se importar com o que a causou. E de onde ela virá? do trabalho? dos estudos? do lazer? do sono? de todos juntos? Ora, cada caso tem suas peculiaridades e cada pessoa deve ser avaliada e tratada levando em consideração não apenas a sua sintomatologia, como também sua rotina diária, suas atividade laborais, domésticas, seu descanso, enfim, toda a sua rotina. Para então eliminar a fonte do problema, tornando o tratamento realmente efetivo.

Por isso, realizamos um trabalho mais complexo, resolvendo a disfunção, mas identificando e corrigindo a causa.

Lusiani Ferreira de Borba, Fisioterapeuta

Comentários em: "Traumas, má postura e estresse podem causar dor na cervical, um dos desconfortos mais comuns" (1)

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